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Simply Questions#16 – Liberdade
Post por César Santos
25 Abril. No último sábado comemoravam-se 35 anos da revolução dos cravos, talvez a data mais importante na nossa história política. O Estado Novo caíra às mãos das tropas de Salgueiro Maia e outros capitães de Abril. Como todos reconhecemos, esta revolução alterou por completo o quotidiano dos portugueses. Acima de tudo, a revolução de Abril trouxe ao povo português liberdade. Essa palavra hoje em dia é desprezada por muitos de nós e usada ao desbarato era coisa que não existia no tempo de Salazar. A crítica ao regime era completamente dizimada pela censura e os críticos aniquilados pela PIDE.


Na WWE ainda se vive num regime totalitário e o seu líder tem uma cara e um nome bem conhecidos, Vicent Kennedy Macmahon. Este homem governa a Sports Entertainment com mão-de-ferro, pensando-se até, segundo algumas teorias, que ele controla todo o mundo do pro-wrestling, incluindo a empresa da sua “amiga” Dixie Carter.

Para hoje queria questionar-me e questionar-vos, e aproveitando que o tema central desta edição, sobre a liberdade criativa que é dada aos bookers e também a liberdade que alguns wrestlers têm no desenvolver das suas personagens.

No que ao booking diz respeito, toda a gente sabe que apesar de ouvir todos os seus conselheiros a palavra final nas principais “estórias” da companhia pertencem ao charmain. O papel dos bookers resume-se sobretudo às storilynes de menor importância e em gerir os wrestlers nos shows semanais e nos house-shows.

A história do wrestling e da própria WWE desaconselha a liberdade criativa dada a determinadas superstars, sendo o caso mais flagrante Hulk Hogan ou Bret Hart. Neste momento, penso que nenhum atleta possui esse estatuto dentro da empresa, sendo que o que se aproxima mais dessa posição é TripleH, não só pelos laços que o ligam à família Macmahon, mas também à sua qualidade. Na minha modesta opinião esta liberdade nunca deveria ser concedida, seja qual for o performer em questão, pois poderá criar desentendimentos entre as principais estrelas da companhia e consequentes conflitos no backstage. No entanto existem casos em que alguma liberdade criativa e de poder de decisão são bastante importantes, não para o wrestler em questão, mas acima de tudo para empresa. Obviamente que escrevo sobre Fit Finlay, um homem que tem produzido um belo trabalho na ECW, sobretudo no apoio aos jovens talentos da empresa. É inegável que este veterano wrestling, que vê próximo o final de carreira, tem algum controlo criativo, não na sua personagem, mas essencialmente sobre as personagens de alguns jovens que têm agora as primeiras oportunidades no mundo da WWE.


Por fim, quero esclarecer que na WWE a liberdade criativa dada tanto aos bookers, como aos wrestlers é praticamente inexistente, visto que o homem que está por detrás da empresa não permite veleidades a qualquer pessoa dentro da empresa. E ainda bem que é assim porque é isso que nos tem proporcionado grandes momentos e grandiosos espectáculos. Claro que todos nós lhe apontamos o dedo nalgumas edições que tomou, mas quem nos garante que sem ele o pro-wrestling seria melhor?

Um abraço e até para a semana…

“This is the real life…”

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Blogger Menaia comentou:
Se Vince Mcmahon desse "luz-verde" a todas as opiniões dos Bookers... a WWE não seria, certamente, o que é hoje. É preciso ter, por detrás destes Bookers, um mão forte, que seja um visionário, tal como VKM é. Relativamente aos wrestlers/divas terem controlo na sua personagem, creio que, só poucos, que se demonstram leais à empresa, e que tem "mentes-de-génio" é que podem dar um conselho ou outro, no rumo da sua gimmick.

Bom trabalho, Engima :D
29 de abril de 2009 às 22:12  
Blogger 14 comentou:
Gostei Enigma ;)

Como disse o Napster, "É preciso ter, por detrás destes Bookers, um mão forte, que seja um visionário, tal como VKM é." e é aqui que a WWE esmaga a TNA...

Continua! Abraço!
29 de abril de 2009 às 23:29