Mais uma vez sejam bem-vindos ao meu ''Palace of Wisdom'', sítio só ao alcance dos melhores e que até hoje poucos tiveram a oportunidade de conhecer, com o vosso afamado anfitrião, Captain_Charisma, esse grande e giro Noddy da Sabedoria. Como sempre fui fiel para com os meus peeps, aproveito a oportunidade para dizer que após umas gloriosas e gratificantes trinta semanas consecutivas a vos deleitar com as minhas palavras sábias, este espaço será agora realizado ocasionalmente, porque até no Palácio da Sabedoria há muito para ser feito e pouco tempo disponível para tal. Pois bem, segue-se, então, a parte verdadeiramente interessante deste texto.
É curioso como nos debruçamos, a certa altura, sobre as questões da existência humana, a importância que damos ou não a nossa vida e também a importância que temos para o mundo. No fundo, somos apenas um ser entre milhões que habitam o planeta Terra. Será que contribuimos para alguma coisa nesta vida? Será que alguém se importa, verdadeiramente, se cá estamos ou não? Será que, sendo eu apenas uma pessoa, conseguirei mudar o mundo? Inúmeras questões se levantam e nos apoquentam durante o curto tempo que dura a nossa vida. Por vezes, sentimos a necessidade de parar e pensar no rumo que a nossa vida está a levar, se será o mais correcto, ou se é apenas um dos vários desvios que encontramos nas estradas do nosso destino, que nos levam à escuridão, à obscuridade. Sentimo-nos parados, olhando toda uma constante movimentação ao nosso redor. A ideia de ser um Super-Homem, de ser um Clark Kent, parece ser uma história só possível nos ecrãs de cinema e nos livros de banda desenhada. Mas será que é preciso saber voar, ter visão raio-x e ser forte como aço para sermos considerados como salvadores, como super-heróis? Não. Basta escolher o caminho certo, tornarmo-nos seres aceitáveis perante a comunidade, praticarmos o bem ao próximo e, mais importante, tentar, no dia-a-dia, colocar um sorriso na cara de um outro alguém, encher, por poucos segundos que sejam, aquele coração de alegria, que percorre lenta e docemente pelas veias até se fixar no coração. Para mim, basta um bocadinho de cada um para mudar o mundo.
Transpondo isto para a modalidade aqui em questão, e até porque não pretendo passar para aqui o que escrevo no meu pequeno diário cor-de-rosa (Ooops xP), é também curioso verificar como duas pessoas conseguiram efectuar uma ligeira mudança para melhor nesse meio envolvente. Apenas dois de entre um elevado número de atletas acrescentaram mais acção, mais suspense, mais atitude, mais paixão aos shows semanais. Não, não estou a falar do Marco Horácio, nem da Diana Chaves, mas sim de Shawn Michaels e Undertaker.
É óbvio que tanto um como outro são atletas de renome, com currículos invejáveis, no entanto é notável como basta este envolvimento de ambos para elevar a qualidade dos shows, nomeadamente Raw e SmackDown. Não queria aqui entrar por caminhos que me fizessem afirmar que a WWE, com estes regressos, está a viver ou sobreviver à custa do passado, pois não consegue produzir talentos de nível equalitário etc, etc. Queria antes realçar o outro lado da moeda, aquele lado mais positivo destes retornos. Agrada-me o efeito positivo que é criado quando estes dois senhores fazem as suas aparições, o sentimento de paixão que desperta nos corações que andavam adormecidos com o fraco produto que vinha sendo vendido. Prefiro pensar que são dois nomes intemporais, o que significa serem bons, pois só o que é bom se torna intemporal. Assim um pouco como a música dos anos 70, 80 que permance até aos dias de hoje.
Um retorno dos DX, por estes dias, é apenas mais um, pois já vários aconteceram antes. No entanto, é sempre divertido, dá audiências, dá dinheiro, porque não usar, de vez em quando, esse produto? O mesmo sucedendo com o “Morto”. As histórias partem sempre do mesmo e a mítico-estranha personagem do velho “Taker”, por mais que sabida e decorada por toda a gente, entusiasma sempre, mais precisamente com aqueles apagões de luzes e um “dong” que ecoa pela arena. São estes pequenos acontecimentos, detalhes, maneiras de lutar, maneira de criar a personagem que empolga os fãs e os faz criar uma ligação ao wrestling.
Portanto, e seguindo a minha tese, mesmo sendo HBK e Undertaker apenas de carne e osso, são também super-heróis, pois, com este retorno, curiosamente depois de um fenomenal combate entre ambos, mudaram o mundo para melhor, mais precisamente o mundo do wrestling, já que fizeram o mais importante que se pode fazer nesta curta passagem pelo mundo. Trouxeram a felicidade aos corações das crianças que pedem aos pais que as levem a ver os seus heróis, bem como arrancaram sorrisos a esses mesmos pais, que concerteza apreciam, mesmo que de uma forma não tão efusiva, a entrega, dedicação e boa-disposição de dois homens que são pagos para fazer o que mais gostam: simplesmente entreter o próximo.
Até à próxima e tentem provocar um sorriso sincero a alguém. Esse sentimento é um poder extraordinário que todos nós, super-heróis, temos dentro de nós ;)
Mais um excelente texto da tua parte. Sim, concordo, realmente, HBK e Undertaker converteram o panorama da WWE em algo melhor com os seus respectivos regressos...Porém, continua a ser imperativo apostar e credibilizar a juventude! No fim de contas, daqui a alguns anos, nem Michaels nem Taker estarão aqui para "tornar as coisas melhores" e, como tal, convém providenciarem-se todos os esforços possíveis no sentido de se encontrar alguém que consiga colmatar daqui a um curto período de tempo a cratera que será para a WWE a perda destes dois "super-heróis".
Parabéns por esta crónica e pelas 30! Sem dúvida um grande caso de lealdade pelo blog. Obrigado ;)
Quanto a este tema, disses-te tudo, é preciso apostar menos em wrestlers como o HBK e o 'Taker, que estão em fim de linha, e aproveitar isso, para lançar novas caras e assim estas terem logo a confiança dos adeptos de wrestling.
"este espaço será agora realizado ocasionalmente, porque até no Palácio da Sabedoria "
Isso é que é pena. :P
Primeiro, e como já disseram em cima, parabéns pelas 30 edições!
Indo para o texto, penso que é inegável que eles são realmente super-heróis para os adeptos que os vêem. Apesar de tudo, não passam de soluções a curto-prazo e, por isso, penso que seria de bom tom os wrestlers "passarem a tocha" aos lutadores mais novos. No entanto, a WWE, e até os wrestlers, não costuma(m) estar para aí virada(os).
Abraço e parabéns mais uma vez, pelo excelente texto e pelas 30 edições.
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