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Simply Questions#42 - Os irmãos de sangue não se traem, por mais ódio que haja entre ambos...
Post por César Santos


Um irmão é sempre um irmão. Sejam eles filhos dos mesmos pais, adoptivos ou, pura e simplesmente, irmãos que se escolhem mutuamente, a verdade é que os irmãos tem sempre muito mais que sangue em comum. A amizade, a fraternidade e o companheirismo fazem parte de qualquer relação intra-pessoal, mas entre “irmãos” estes parâmetros são muito mais expandidos e mais desenvolvidos. Por isso, uma traição numa relação desta espécie sera sempre mais difícil de ultrapassar que em qualquer outra situação, porque os verdadeiros “irmãos” não se traem, nem passam por cima um do outro, sendo que simplesmente se ajudam mutuamente, mesmo que a relação entre ambos seja tensa e muito pouco amigável.

Shawn Michaels e Bret Hart nunca foram, nem pouco mais ou menos, amigos, no entanto havia e haverá sempre algo que os une, algo muito forte, que por maior que fosse a rivalidade entre ambos deveria ser mais forte nas horas decisivas. Na minha opinião, nem vale a pena falar muito sobre o Montreal Screwjob, até porque esse assunto já foi mais que esmiuçado aqui na comunidade, mas aré aos nossos dias as consequências desse episódio tem sido mais que muitas. Pelo menos, no que diz respeito, à relação entre os dois principais protagonistas. De facto, tenho-me questionado sobre esta mesma relação e a forma como ela evoluiu ao longo dos anos. Ora, pela nossa comunidade, muitos estranham o facto facto de Bret ter perdoado Vince Macmahon, mas não ter sido capaz de o fazer relativamente a HBK, porque acham que seria mais fácil perdoar o colega ao invés do patrão. Uma vez que, o artífice disto tudo foi, como sempre, Vincent Kennedy Macmahon.

Pois bem, eu sou de opinião totalmente contrária, e consigo ver, perfeitamente, lucidez e bom-senso na decisão de Hart, ao não perdoar Shawn. Pelo simples motivo de que Michaels era um companheiro, era um colega de profissão, era um irmão, mesmo tendo em conta toda aquela rivalidade que sempre os separou/uniu, quer fora como também dentro do ringue.Se de Vince já se espera tudo, de um companheiro de profissão, mesmo com toda a ambição que “The Show Stopper” sempre teve, pode-se esperar tudo, menos uma traição de todo o tamanho. Por isso, neste episódio fico do lado de Bret, porque é o lado da razão. Senão vejamos, parece-me óbvio que Bret também poderia ter agido de outra forma se tivesse aceitado perder limpo para o seu adversário, contudo, aquilo que se passou em ringue perante milhares e milhares de fãs do Hitman foi vergonhoso, sobretudo, para a personagem de HBK. Bem sei que Shawn será sempre reconhecido como um dos maiores de sempre desta indústria, restando-me apenas acrescentar que se o é, é-o com todo o merecimento, porque, sem dúvida, que foi um dos maiores artistas que ousou pisar o quadrado mágio. Mas, e se nunca o Screwjob tivesse existido, teria Michaels atingido o mesmo estuto e o mesmo reconhecimento?


Será sempre uma resposta desconhecida, mas que na verdade é legitimamente questionável. Indiscutivelmente, Bret foi dos maiores, senão o maior, wrestler “puro” de sempre, faltando-lhe, como é do conhecimento geral, o “drawing” necessário para atingir, definivamente, o estatuto de “o melhor”, entre os melhores. Enquanto combatente era, simplesmente, soberbo, sabendo construir um combate como poucos, sendo que será raro um combate seu durante toda a carreira que possa ser considerado abaixo da mádia, mesmo com aqueles oponentes menos fortes na componente “in ring”. Por todos os momentos que deixou nos anais da história, por tudo aquilo que mostrou e por tudo aquilo que, eventualmente, ainda pode mostrar e, sobretudo, ensinar, Bret não merecia tamanha humilhação naquela noite de Novembro. Shawn lutou pelo seu futuro, acarretou as ordens superiores, mas a bem dizer deixou uma marca negativa na sua carreira por mais brilhante que seja a desempenhar a sua profissão. Tal como dizia o jovem Alexandre: “Irmão não trai irmão, mesm que o ódio entre ambos seja maior que o próprio mundo.”

Abraço
“This is the real life...”

P.S.: Bem sei que este artigo não estará, porventura, a nível semalhante dos anteriores, mas o Ensino Superior tem tomado todo o meu tempo. Sejam as actividades lectivas ou, simplesmente, a “duríssima” praxe de Electro do Instituto Superior de Engenheria do Porto têm deixado sem grande tempo disponível, sendo que até me tem sido complicado acompanhar os programas da WWE. No entanto, já sei dos resultados do último ppv e há algo que me deixou realmento intrigado. Então parece que Batista iniciou o seu turn. Normal, diria até mesmo, que já estava há espera.No entanto, John venceu Randy (péssima jogada, diga-se de passagem), quando eu pensava qe seria já próxima Wrestlemania que iríamos assistir ao confronto entre as duas superstars mais lucrativas na WWE dos últimos cinco anos. E vocês o que acham? Batista e Cena encontrar-se-ão em Março do próximo ano? De que lado estarão? Quem será o heel?

Agradecimento: Obrigado Jippy, pelo banner!!!

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Blogger Dias Ferreira comentou:
Bem César, não acho que o artigo esteja menos bom que o anterior, acho até que tem muita qualidade...os meus parabéns ;)

É assim, eu consigo perceber onde queres chegar e a mensagem que procuras transmitir...e até certo ponto dou-te razão! No entanto, não terá sido também a recusa do Bret em perder para o Shawn uma traição!? Não será a recusa em elevar outro colega no card e na modalidade, também ela uma traição!?

A minha abordagem a todo este assunto é muito clara...todos erraram e erraram feio, como dizem os brasileiros, mas a verdade é que se o Bret tivesse sido profissional e aceitasse as ordens que tinha do booking, nada disto teria sido necessário! Agora, e como disse, isto não cai em favor do HBK ou do Vince, neste caso, são todos culpados!

Mais uma vez, os meus parabéns pelo artigo ;)

Continua, Abraço!
28 de outubro de 2009 às 12:08  
Blogger Hugo Bacelo comentou:
simples, fácil de ler e muito bem escrito. o texto está o máximo!(:

concordo com o q o Dias disse: do teu ponto de vista (que também concordo, em maior parte) a recusa da parte do Bret em perder o título também pode ser considerada uma traição.
28 de outubro de 2009 às 20:15  
Blogger Menaia comentou:
Mais um belo artigo. Mesmo com o Ensino Superior tu consegues, semanalmente, dar a tua opinião (umas vezes mais fundamentadas que outras, é certo) sobre determinado tema. O que é de louvar! ;)

Quanto à temática em foco, só me resta concordar com os dois comentários acima.

Continua, abraço.
28 de outubro de 2009 às 23:55  
Blogger Unknown comentou:
ola parabens pelo artigo

desculpem discordar convosco mas o bret tinha liberdade criativa nos ultimos 2 meses de contrato, logo ele poderia decidir o futuro da sua personagem, e depois o bret nunca se recusou em perder apenas pediu que nao fosse no canada.
parabens pelo bom trabalho
12 de novembro de 2009 às 15:14