Bem-vindos à décima-terceira edição do Flying Words.
A composição de um filme é múltipla e variada hoje em dia. Tal como devem saber, ou ter notado, realizar/dirigir/orquestrar um filme é algo de muito complexo.
Numa primeira aproximação, um filme é uma forma de arte, criados pela captura de imagens em movimento, com o auxilio de câmaras, ou então criando imagens utilizando figuras animadas ou efeitos especiais. Duas conclusões podem ser eventualmente retiradas desta definição. A primeira prende-se ao facto de um filme ser representativo, muitas das vezes, da cultura de um país, e do estado da sociedade nacional ou mundial. A segunda prende-se ao facto de qualquer um ser capaz de produzir um filme. O que nos irá distinguir irá ser, pura e simplesmente, a história do filme, o argumento. Se tudo fosse assim tão simples tenho a certeza que haveria muitos filmes aí, talvez tantos, quantas vidas há no mundo.
Numa segunda aproximação, um filme, ou melhor a arte de fazer um bom filme, pressupõe sempre a existência de 5 fases distintas:
1ª – Desenvolvimento
2ª – Pré-produção
3ª – Produção
4ª – Pós-produção
5ª – Distribuição
Em circunstâncias normais, o tempo da realização de um filme são três anos, em que o primeiro é gasto com a primeira fase; o segundo com a segunda e terceiras; e o terceiro com as restantes duas. Ainda assim, tal como é podem facilmente constatar, certos filmes, tais como épicos mundiais, ou sequelas que rendem bastante, são realizadas no espaço de um ano, ou dois. Qualquer filme é ainda precedido de um, dois, três, biliões de trailers se necessário em que a história do filme, e imagens exclusivas são lançadas para o público geral para o aliciar a comprar o produto. Ora constata-se facilmente que esta fase é de extrema importância pois ditará, muito provavelmente, o futuro de sucesso, ou não, do filme.
Não obstante, sendo eu um cinéfilo assumido, o que atrai bastante à compra de um filme, ou desculpem, esqueci-me que estava no século XXI, ao download de um filme é, sem dúvida, o elenco que possui.
Assim, passo a destacar uns possíveis dois tipos de filme a serem lançados na próxima década.
Filme: 10 Things I Could Have Done to You But I Did Not Tipo: Comédia Absurda Realizador: David Zucker (realizador de Scary Movie 3 e 4) Possível Elenco: - Taylor Lautner (também conhecido dos filmes Twilight Rated-R ou New Moon Rated-Xtra-R) no papel de John White - Miley Cyrus (ou a rapariga excentrica Hannah Montana) como Mika Lewis - Jonas Brothers (também conhecidos como os Três Estarolas que trazem dinheiro) no papel do gang GoWitFlow - Morgan Freeman no papel de Luke Lewis (morto nas primeiras 4 cenas do filme)
Sinopse: John White estava a cantar com a sua banda GoWitFlow num pub Canadiano quando ele e a Americana Mika Lewis, filha do próximo Presidente Americano Luke Lewis, trocam olhares apaixonados. Esta história emocionante de um amor proibido irá com certeza aliciá-lo, muito ao estilo de Musical de Secundário (High School Musical para quem não captou a troca).
Eis o resultado do filme: SUCESSO MUNDIAL! Na primeira semana, os bilhetes esgotaram sempre, colocando este filme em primeiro lugar de filmes do Ano.
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Filme: Broken Open Tipo: Drama Realizador: Vladimir Gorgovski (primeiro filme deste) Elenco: - Tom Cruise no papel de Lucas Campbell - Anna Deminova no papel de Naash Yurish - Sandra Bullock no papel de Victoria Campbell - Victor VanDeGross (primeiro filme) no papel de Sam Wendes
Sinopse: Lucas Campbell vive uma vida de solidão plena. Naash Yurish é condenada à morte por um crime que não cometeu. Victoria Campbell, mulher de Lucas Campbell já sofreu três abortos espontâneos e encontra-se grávida do amante Sam Wendes. Sam Wendes é Presidente de uma companhia famosa de telecomunicações é o verdadeiro culpado por a prisão de Naash. Broken Open conta a história em diferentes perspectivas da vida destas personagens. Um filme baseado em histórias verídicas.
Resultado: Filme com sucesso intermédio. Devido aos resultados inesperados o filme não esteve em salas de cinema europeu.
Tendo em conta estes dois claros exemplos de tipos de filmes que certamente, todos vós identificam, torna-se demasiado evidente o problema da nossa sociedade. A sobrevalorização de rostos bonitos em filmes medíocres e terríveis a rostos não tão populares mas dotados de talento excepcional com um argumento invejável, é a mais clara prova disso.
Por estas alturas, os que ainda estão a ler o artigo, devem-se estar a perguntar: “Mas o que é que este gajo está aqui a fazer? Isto é um blog de wrestling, não de filmes!”
Têm razão preclaros leitores, o interessante, é que tudo o que eu disse aplica-se ao wrestling. Porque actualmente parece haver uma prevalência/sobrevalorização de filmes sem classe, isto é histórias sem relevância; importância excessiva a caras bonitas, e a um elenco que só tem aparência e que satisfaz as audiências juvenis, ou seja, atletas como John Cena, Hornswoogle e os D-X, ou como deveriam ser chamados, TWCP – They Were Cool in Past; tal como um filme, um show de wrestling tem de passar pelas cinco fases que explicitei: desenvolvimento, pré, pós e produção em si; distribuição.
O que é bom?
O que excede as expectativas?
O que caracteriza a excelência da execução?
Perguntas que apenas, nós, público temos resposta. Cada um de nós, e arriscando o cliché, deve ser responsável pelas suas próprias opiniões, e como tal, não tenho qualquer tabu ou problema em afirmar que:
O WRESTLING É O FILME DA VIDA: O TIPO DE FILME ESTÁ SUBJACENTE AO ESPIRITO E À ESSENCIA DE CADA ESPECTADOR.
P.S: Espero que tenham gostado do artigo, e que tenham uma boa semana. ;) Carpe Diem P.S.1: A música pertence ao segundo classificado do concurso de talentos "Idolos" Americano, Adam Lambert. Entitula-se Broken Open e pertence ao seu mais recente trabalho For Your Entertainment. Para os mais interessados...
Não está má a crónica, achei-a um bocado confusa, mas entende-se a ideia que queres fazer transparecer, a de que é preciso explorar-se bem a ideia que se pretende passar. Acho que podias por algumas imagens, acho que ficaria algo mais apelativo (isto se tens disponibilidade para tal claro). Continua com o excelente trabalho ^^
Para ser sincero, percebi a ideia que tentaste transmitir e dá para perceber que estás por dentro do assunto que é o cinema e concordo também com a relação disso com a WWE. No entanto, confesso que já vi melhores crónicas tuas.
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