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Free Thoughts XVI
Post por edgehead
Mais vale tarde do que nunca, belo provérbio este que tem marcado os meus últimos tempos enquanto acompanhante (cada vez menos assíduo) de pro-wrestling. Foram meses a fio de irritação e congeminação, no sentido de tentar descobrir quais as soluções para a complexa tarefa de modificar a faceta do wrestling Norte-Americano, finalmente, heis que as modificações chegam em grande escala.

Pelos lados de Orlando, Hogan e Bishoff erguem descomunais expectativas relativas ao futuro de uma TNA que, com estes reforços, se encontra parada entre a encruzilhada que poderá conduzir a promotora tanto ao caminho da glória como ao da perdição. Tal tema já foi batido e rebatido um pouco por toda a cwo, como tal, não lhe concederei grandes comentários.

Deixando, contudo, uma opinião pessoal, não poderei deixar de estabelecer uma relação análoga entre estas duas figuras agora pertencentes à companhia da Florida e o fogo. Tal como este elemento da natureza também Hogan e Bishoff foram sujeitos fulcrais para o desenvolvimento de um meio (neste caso específico o do pro-wrestling). Todavia, e tal como o fogo, já demonstraram que quando mal controlados podem vir a causar catástrofes inimagináveis. Esperemos que a direcção da TNA tenha portanto bons bombeiros, pois, caso contrário, o que sobrerará no final deste fulgurante incêndio serão apenas cinzas.

Já no que concerne à WWE é com agrado que se pode constatar que, finalmente, se inicia com todo o vigor o processo de edificação de novas estrelas. Sheamus e Kofi Kingston parecem ser os felizes contemplados.

Não posso concordar com tais opções.

Aquando da estreia do Irlândes redigi acerca das suas capacidades empolgadas linhas. Relativamente a essas não altero uma vírgula e admito ser com alguma satisfação que vejo agora a minha promonição a realizar-se. Porém, e puxando mais um velho provérbio popular, não é de modo algum aconselhável dar-se um passo maior que a perna e a verdade é que a credibilidade do Irlândes para cair de para-quedas num main-event da WWE num momento destes ronda níveis de zero.

Por outro lado, muitos são aqueles que há meses correm desalmadamente pelo mid-card da Raw, arriscando-se cada vez mais a perder o fôlego e a, consequentemente, desfalecer perante os olhos dos fãs. Encontram-se nestas posições Jack Swagger e MVP, a meu ver, deveria de ser um destes dois (com um partidarismo pessoal para o All American) a encontrar-se neste momento na posição priveligiada de Sheamus, quanto a este último mais umas semanitas no mid card não lhe fariam certamente mal.

Avançando para Kingston, aqui admito não encontrar uma explicação lógica para desaprovar o seu push...Tendo em conta o modo como a sua carreira tem sido gerida, penso ser esta a altura exacta para tal tentativa de transposição para o main-event se suceder. No entanto, para quê investir num spot-monkey Gânes quando com ele coexistem no mesmo roster atletas com um potencial bem mais considerável como os já supracitados MVP, Jack Swagger ou até mesmo, quem sabe, The Miz? É esta a questão para a qual não encontro uma resposta que me satisfaça.

Por fim, e já que a temática à baila é na sua essência a mudança, o que também parece se ter alterado é a posição de Dolph Ziggler no card da promotora. Após meses a ser desalmadamente pushado a sua personagem não encontra mais soluções, a sua corrida parece ter terminado e a sua posição doravante parece ser a de um comum mid carder, algo que o converte, sob o meu olhar, no mair flop do ano. Também aqui as minhas expectativas de há uns meses atrás se vêm confirmar e ao não lhe terem concedido a vitória sobre Rey Mysterio pelo título Intercontinental, entregando-o depois, para cúmulo, a Morrison, era relativamente evidente que as hipóteses de Ziggler se estabilizar como um upper mid carder credível eram remotas.

De qualquer dos modos, e apesar de não concordar com muitas das decisões tomadas pela WWE, o meu balanço relativo à atitude da promotora não poderá deixar de ser positivo. Quando todos se queixavam de estagnação, a companhia inovou. Numa altura em que todos se queixavam que o seu main event carecia de novas estrelas, esta, finalmente, parece se ter decidido a tentar criar algumas, correndo os riscos de eventuais flops e demonstrando que, apesar de tudo, Vince McMahon ainda é capaz de reagir no momento certo, de forma a comprovar a clara superioridade da sua promotora relativamente à concorrência.

Quanto aos próximos meses, com Orlando em chamas devido à chegada de Hogan e Bishoff; e com a WWE debaixo do intenso calor derivado do rejuvenescimento das principais figuras da empresa, prometem, sem margem para dúvidas, ser quentes contrariando assim um pouco o típico frio de Inverno e incentivando-me a manter vivo o interesse por esta indústria, ainda que o tempo seja um bem cada vez mais escasso.

E foi assim que regressei a estas lides da cwo. Com um texto que certamente apresenta lá grande interesse, quer pela forma superficial com que corri os diversos pontos de análise, quer pela banalidade das temáticas abordadas. De qualquer maneira, foi bom matar as saudades disto. Regresso quando o tempo me permitir.

Fiquem bem;)

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Blogger César Santos comentou:
É com grande satisfação que acolhemos o teu regresso, ainda que apenas por um dia, aqui na nossa, tua, humilde casa. Como sabes, as portas estarão sempre abertas para ti e para a tua fenomenal escrita.

Quanto ao texto, não me vou alongar a debatê-lo até porque concordámos na maioria dos pontos abordados, restando-me apenas realçar que o teu brilhantismo na escrita mantém-se intocável. Quem sabe nunca esquece, e tu provaste que essa máxima é bem verdade.

Abraço, caro colega.
27 de novembro de 2009 às 10:23  
Blogger Captain_Charisma comentou:
O CE já disse o essencial, é bom poder contar contigo outra vez Edgehead, todos sabem que és um enorme valor desta casa e ela agradece o teu retorno, ainda que não a tempo inteiro.

Quanto ao tema, concordo com tudo o que afirmaste e foi um prazer voltar a ler um texto desta qualidade.

Cumps
30 de novembro de 2009 às 00:44