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Simply Questions #50 – O Mundo mudou e o wrestling não é excepção...
Post por César Santos
Enquanto seres humanos que somos, fazemos parte de uma sociedade. Sociedade essa que se foi desenvolvendo ao longo do tempo, evoluindo para suprir as principais dificuldades e os principais problemas de nossas vidas quotidianas. Porque os problemas do século XXI são muito diferentes de séculos vindouros, por isso, são necessárias outro tipo de soluções. Já dizia o meu avô: “Novos horizontes, trazem consigo novas dificuldades...”. A humanidade é prova disso mesmo e toda a evolução de que fomos percursores por esse Universo fora levantou diversos e imensos problemas à sociedade humanizada e a todas as outras deste “nosso” planeta azul. Criámos soluções para muitos dos nossos problemas, mas a verdade é que essas soluções trouxeram novos problemas à humanidade e a todas as outras classes de seres-vivos do Mundo. Ainda assim, penso que a evolução é benéfica, mais para nós, humanos, é certo, mas não deixa de algo extraordinário.

Vejo o pro- wrestling da mesma forma. Um mundo em constante mudança. Ainda bem, é sinal que não ficou parado nas escala temporal e acompanhou o resto do mundo numa evolução plena. No entanto, como é normal, existem os contraproducentes. Ou seja, os que resistem e não aceitam esta constante evolução do Mundo em geral e do wrestling em particular.

Na comunidade virtual em que nos inserimos têm sido muitas as vozes que se levantam com o actual estado da indústria na actualidade. Vários são os motivos que despontam e destoam nessas vozes das mais altas sabedorias, mas a principal “pecha” apontada, particularmente, à WWE tem sido o facto dos combates e das histórias que envolve os mesmo não terem a mesma magia de gloriosas épocas passadas. Consigo compreender esse ponto de vista, todavia, também considero que a nostalgia e a saudosidade são dos piores sentimentos do ser-humano, sobretudo porque não nos deixam evoluir e incutem-nos preconceitos desmesuradamente incipientes e inócuos àquilo que realmente interessa. Sim, eu também gostaria que a generalidade dos combates da maior promotora de wrestling mundial tivesse mais história, fossem melhor trabalhados e melhor executados do ponto de vista técnico e do ponto de vista da velha escola. No entanto, os tempos mudaram e a empresa também teve de mudar, adaptando-se a esses mesmos tempos, o que para nós, fãs relativamente abastados de conhecimentos sobre a modalidade e típicos comentadores portugueses, é algo inconcebível.

A frustração patenteada por muitos bloggers é bem visível por essa comunidade fora e eu confesso-vos que também já retive muito desse sentimento dentro de mim, precisamente devido aos mesmos motivos, mas a idade e as expiriências do quotidiano têm-me dado uma visão mais consentânea com a realidade das coisas. O pro-wrestling tem de ser entendido tal qual como ele é na actualidade, ou seja, vive de e para a imagem, de momentos e flashes que trespassam o olhar de cada um de nós a cada segundo que passa. Mas também é assim que a sociedade vive, numa constante roda-viva de sentimentos, onde a busca de mais e mais sensações no instante faz-nos errar a cada palavra e a cada gesto. É a essência do ser-humano, que se tornou um ser capitalista e consumista, não por culpa do sistema como muitos querem fazer querer, apenas por culpa própria. Por isso, não consigo compreender tão severas críticas à empresa de Vinnie Mac, afinal ele apenas produz aquilo que os fãs querem ver.

Talvez os tempos aúreos no pro-wrestling já façam parte da história, pelo menos para os fãs um pouco mais crescidos, mas é necessário analisar o estado actual do wrestling tendo em conta todas parcelas, não desvalorizando qualquer uma delas, porque qualquer uma pode ser importante para desequilibrar a balança. Eu tenho gostado do que tenho visto, mesmo sabendo que nem tudo é perfeito, mas é reflexo da própria sociedade. Pensem nisto.


Abraço e boas entradas no novo ano...

“This is the real life..."

Notas finais: Deixo-vos em “rodapé” os melhores do ano na WWE, pelo menos na minha opinião.

Combate do ano: John Cena vs Randy Orton pelo WWE Title no Bragging Right’s num Ironman Match de 60 minutos.

Feud do ano: CM Punk vs Jeff Hardy

Superstar do ano: CM Punk ex-aquo com Randy Orton
Tag-team do ano: Jericho/Big Show

Rookie do ano: Sheamus
Momento do ano: Sheamus conquista o WWE Title a John Cena no TLC
Show do ano: Smackdown

PPV do ano: No way out

Azarado do ano: Edge

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Blogger Menaia comentou:
Nada mais do que a verdade. O mundo muda, o wrestling muda, tudo evolui, portanto nós temos que acompanhar essa evolução! Embora tenha quase a certeza que todos nós quisséssemos o retorno da saudosa Attitude Era, esta pura e simplesmente acabou. 10, 12 anos passaram e não podemos fazer nenhum retorno ao passado para tentar mudar isso, e é este facto que muitos fãs não entendem. E já que falamos em fãs, se a WWE nos tenta dar coisas diferentes (Sheamus a WWE Champ e o regresso de Bret Hart) desta "normalidade" bem patente nos dias de hoje, nós criticamos. Acho que todos nós temos que perder o nosso lado crítico e sizudo ao ver wrestling, caso contrário não vale a pena.

Excelente maneira de te despedires de 2009, CE. Foste uma das grandes revelações do ano na nossa Comunidade, com 50 artigos que demosntram uma clara ascenção e, claro está, evolução. Fica bem, boas entradas. ;)
30 de dezembro de 2009 às 11:13  
Blogger Jacknife comentou:
Muito boa crónica! :) Está fenomenal!
Tudo muda e evolui, e o wrestling não é excessão!
Ja se passou uma era dourada do wrestling (Attitude Era), mas certamente, mais épocas douradas ai viram.. resta esperar!

Parabéns pelas 50 crónicas, realmente um grande feito!
Desejo-te um Feliz ano novo, e que entres com o pé direito! :)
30 de dezembro de 2009 às 18:11  
Blogger Nano_Neutel comentou:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, já dizia Luís de Camões. Temos de olhar para o lado positivo da evolução, mesmo que esta não pareça tão boa à primeira vista.

Boa crónica :)
30 de dezembro de 2009 às 19:15  
Blogger João Lopes comentou:
Já vais na 50 :O? Grande Cesar, sempre com qualidade, muito bom mesmo.
Enquanto ao tema não me vou pronunciar, porque o que havia para ser dito, já foi.

Abraço!
1 de janeiro de 2010 às 13:52