No Spin Zone ♀
Post por Yahtzee
"Caution, you are about to enter THE No Spin Zone"
Wait, could it be ?
Parece bem que sim. É real. Está realmente escrito Yahtzee e não, não há erro nenhum. Sou mesmo eu que estou a escrever este No Spin Zone que o The Instant Classic, gentilmente, concedeu partilhar comigo. Começo por dizer que é uma honra poder participar deste conceituado espaço que, quer queiram quer não, faz as delicias de muita gente, tanto para o bem como para o mal ;)
Depois de alguma agitação que o meu caro colega já fez questão de vos apresentar no seu primeiro artigo, eis que me estreio numa nova casa. Casa essa que faço questão de frisar que sempre apreciei. Junto-me à brand roxa com imensa satisfação. Deixo no ar um desejo de que seja para durar but we’ll see about that.
E porque chego a casa dos Aliados com esta Aliança feita faz todo o sentido hoje levantar aqui uma só questão. Quão importante é ter aliados? Quão importante é ter alguém do lado, seja, um ombro amigo, um conselheiro, um “braço direito”, um reforço ao que somos e quem sabe ainda mais além, um seguidor? E como estes exemplos outros fariam também sentido ser aqui apontados, mas penso que já perceberam a ideia. Porquê fazer uma Aliança? Penso que não há dúvidas quando digo que se ambas as partes podem sair a ganhar, porque não? Digo mais, porque não juntar duas (ou quem sabe, mais) partes que se completam e no seu particular jeito e maneira de ser se destacam dos demais. Superioridade.

Tudo se resume a reconhecer uma realidade que para alguns pode não ser tão risonha quanto isso mas, believe it, em tudo o que mexe há uns que são bons e outros que são maus. Há os melhores e há os piores. Se dois são bons eu sou a favor de Alianças. No mundo do Pro Wrestling vemos disto em todo o lado. Existem exemplos fáceis de que, não fosse a genialidade e a perfeita aliança entre duas, ou mais, partes, não teríamos sido presenteados com momentos geniais, momentos de entusiasmo, momentos que ficam marcados na memória. Aqui vou apresentar três exemplos que colmataram em finais diferentes. Dois mais recentes e um mais antigo. Uma aliança extremamente bem sucedida que mesmo assim viu o seu fim, que aliás se pedia que assim fosse, uma outra que não resultou assim também e a finalizar, a minha favorita que se se tivesse verificado a sua continuidade teria feito as delícias de muita gente.
A bem sucedida mas com fim à vista. D-Generation-X. Falo da versão mais recente, claramente menos bem sucedida que os primórdios desta stable (eu gosto mais de lhe chamar Aliança, caí melhor aqui nesta crónica), mas só gosto de falar do que sei e, uma vez que as origens desta Aliança não são do meu tempo e como quem não sabe é como quem não vê, vou apenas ponderar acerca do que vimos nestes últimos anos.
Penso que não fosse termos o poder mais do que reconhecido ao Triple H aliado à genialidade caracterizante do, agora retirado, The Heartbreak Kid, Shawn Michaels, nada disto teria funcionado. Um Aliança deste calibre com os ideias como os apresentados pedia dois senhores, dois nomes fortes, duas personagens inigualáveis. Proporcionaram-nos grandes momentos? Sem dúvida. Foram o Main Event de muitas noites recheadas de bom wrestling e foram também um ponto marcante numa altura em que sem dúvida eram os reis a pisar o palco quadrado que nos é tão familiar.

Moving on. O outro exemplo que chamo ao palco agora são os Legacy. Pessoalmente no inicio gostei da ideia de associar 3 estrelas de 3ª geração todas elas filhas de grandes nomes do Wrestling, agora todos Hall of Famers, “Cowboy” Bob Orton, “The Million Dollar Man” Ted Dibiase e “The American Dream” Dusty Rhodes. Mas fiquei-me por gostar da ideia. Quando posta em pratica já não teve o mesmo brio. Entre Randy Orton, Cody Rhodes e Ted Dibiase parece que nem tudo foram contos de fadas. Não me levem a mal mas parece que algo falhou ali. Proporcionaram ao seu publico bons momentos, não o posso negar, mas demonstravam sempre algum falha. Era como se faltasse alguma coisa. Eu diria que faltou alguma grandiosidade. Dos nomes postos em cima da mesa poderia adivinhar-se que seriam capazes de dominar durante algum tempo mas isso não se chegou a verificar. E em verdade chegou a um ponto que foi preciso dar-lhe um ponto final. Faltou organização, faltou alguma coordenação e o facto de haver um certo distanciamento do Orton da própria stable ditou um insucesso que se viu anunciado a este grupo. O problema, a meu ver, reside mesmo na análise da palavra grupo. Os Legacy eram, se tanto, Ted e Cody num patamar, Orton num outro totalmente diferente e isso foi o suficiente para que aquando juntos nada funcionasse.
Chegamos finalmente ao ultimo exemplo e, pessoalmente, o meu favorito. Este exemplo tem, nesta crónica, nesta estreia, neste espaço um significado duplo. O segundo fica no ar para quem perceber. De uns tempos para cá, e por tempos quero dizer anos, diria mais precisamente por volta de 2005, vimos a ascensão de um wrestler que hoje em dia é dos melhores, senão mesmo o melhor, a figurar “em campo”. “The Rated R Superstar” Edge fez uma ascensão progressiva ao estrelado que hoje lhe é mais do reconhecido tendo adquirido um estatuto de Main Eventer que nunca mais ninguém lhe tirará.

Aquele que, hoje em dia, eu mais gosto de ver de cinto ao ombro pode dever muito do seu sucesso a um angulo que teve a sua origem em alturas de Julho de 2005. Edge e Lita formaram aquilo a que eu gosto de chamar de “casal maravilha”. Tudo funcionava bem e o heat gerado pelos dois a cada aparição era tremendo. Acrescida já à conhecida faceta heel de Edge associou-se Lita que também não era das favoritas do público, ooh bitch. Isso foi o suficiente para Edge, de uma maneira progressiva, e sempre de mão dada à sua ruiva favorita, ir subindo de tom e ir escalando pela parede de sucesso até deitar a mão ao seu primeiro título da WWE. E a partir daqui tivemos ouro sobre azul e, hoje em dia, muita da popularidade que Edge se deva a esta sua ascensão que, diga-se não teria sido a mesma se Lita não estivesse a seu lado. Resultou muito bem. Foi grande.
Infelizmente a decisão de retirada da Lita que se verificou em 2006 ditou a separação desta Aliança mas fica na memória um momento em que estes dois foram donos e senhores do palco quadrado e ficou bem marcado o seu domínio.
Haveria outros exemplos que aqui poderiam ser enunciados mas penso que estes são suficientes. Tudo isto para dizer que uma Aliança pode, de facto, não resultar, mas quando ambas as partes querem o mesmo e quando o entendimento é (quase) perfeito tudo resulta. Aquilo que se ganha com isso? Um domínio que todos, e digo mesmo todos, queremos e gostamos de gozar.
Na Declaração de Independência dos Estados Unidos, Thomas Jefferson usou uma das mais conhecidas frases americanas “All men are created equal”. É verdade sim. Mas também é verdade que uns são melhores que outros. E nunca é demais admiti-lo.
Think about it.
Este No Spin Zone termina aqui. O The Instant Classic fará as honras daqui a 15 dias.
Yatz
Etiquetas: No Spin Zone, Yahtzee
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